Crédito: segmento gastronomia, Revista GQ, jornalistas da redação
Atenção:Os reacts são OPINIÕES pessoais do autor, sem qualquer compromisso questões empresariais, forma ou maneira da escrita e colocações sobre os personagens
Um novo mercado gastronômico no Rio, no coração da praça Mauá, numa paisagem de cair o queixo e sem dúvida, um dos maiores atrativos turísticos da cidade nos últimos tempos, ainda ocupando um prédio lindo, entre a praça e o mar, ao lado o museu do amanhã, e ainda, concebido e dirigido por um dos maiores restaurateurs do país. Ufa! A revista GQ é conhecida por trazer matérias com viés associado ao bom gosto e um estilo de vida elegante. Não à toa, o mercado está ganhando destaque em suas páginas.
Diferentemente do que publica a revista, esse projeto não foi feito “na surdina”. Não é de hoje que o Marcelo Torres e seus parceiros falam sobre ele.
Há uma expectativa grande em torno do que pode ser esse mercado. Foi especulado muito sobre o seu carácter, levantando dúvidas desde ser um mercado popular, como um municipal, à exemplo de vários outros espalhados pelo Brasil, ou um mercado mais elitizado com opções que tenham um viés mais parecido com o trabalho que seu conceptor competentemente realiza.
Sob minha ótica, o aspecto que fundamentalmente pode ser determinante é se as marcas sob a gestão do Marcelo Torres estarão presentes como players ou não.
Considerando que são marcas relacionadas a comida de extrema qualidade, com preços até compatíveis com a magnitude de sua realização- mesmo considerados salgados para o público em geral- não sei se conseguiriam executar preços baratos abrangendo o perfil eclético e plural dos frequentadores da praça.
Apesar de ser vendido por sua assessoria, acho muito improvável que o mercado contemple esses preços e consiga atender esse público.
Acredito sim que será um dos mercado mais legais do mundo. Tenho certeza da capacidade e competência e fazer coisas de alto bom gosto e com extremamente incrementais do grupo. Na mesma medida acredito que não será possível praticar preços que sejam facilmente palatáveis para a grande parte do público que vem todas as partes do país para lá.
Tive a oportunidade de fazer eventos alí com amigos que compunham o Rio je t’ame, justamente ocupando o prédio do Touring, que aliás, é muito mais bonito do que se imagina.
Cravo. O mercado será muito turístico, e ainda será muito usado pelos cariocas. Mas não será popular como alguns esperam. Não há como colocar Lasaí, Guiseppe, Laguiole, com seu nível de qualidade de ingrediente para vender algo a 10,00. E acreditem, acho que isso é BOM para o entorno.
A sensação que tenho é que será FANTÁSTICO o projeto, e que será um SUCESSO.
Mas não aposto um dedo na capacidade de cobrar preços baratos nessas circunstâncias.
Acredito que esse será o maior desafio, o equilíbrio entre quem está disposto a ir e quem passa por alí para outras atrações e compromissos.
É necessário lembrar, que no entorno, além de grande empresas, há armazéns com grandes eventos, e o porto do Rio, cheio de passageiros em temporada dos navios, estes aliás que provavelmente ficarão bem visíveis e farão parte da paisagem do mercado.
Faço votos que outros players entrem no mercado, com a curadoria do Marcelo, e que lá seja um grande point do Rio. Aliás, se tiver um espacinho aí pra mim, to querendo, ein!
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